17/05/2010

Sonhos de CONHA

Pela janela suja do comboio, Conha observa, calmamente, o dia escaldante que se faz sentir naquele ambiente abafado.

Repentinamente, o comboio pára o que faz Conha despertar do estado hipnótico em que se encontrava.

Sem mais demora, as portas automáticas do comboio abrem-se deixando entrar uma brisa fresca que acalma o ambiente. Imediatamente é revelado O HOMEM IDEAL, nos seus cinquenta e cinco, bigode perfeitamente delineado, onde não é possível distinguir os pelos da cara dos do nariz; pontos negros todos no devido sítio…

E quando Conha achava que seria impossível aquele homem ser mais perfeito, eis que ele saca do seu pente de bolso e num gesto mais do que sensual penteia sua careca brilhante…

(o pior é que isto não acontece só nos sonhos de Conha!)

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